A cada ano, a China aumenta sua participação no comércio exterior
brasileiro. Em 2011, por exemplo, os chineses responderam por mais de
38% do superávit comercial, de US$ 29,7 bilhões. No ano passado, a
balança comercial pendeu para o País em US$ 11,5 bilhões, alta de 125,5%
ante os US$ 5,1 bilhões do ano anterior. As informações são de Tatiana
Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
Dados do ministério mostram que, dos US$ 40,6 bilhões vendidos para os chineses até novembro de 2011, 40% (cerca de US$ 16,3 bilhões) corresponderam ao minério de ferro e 25,9% (US$ 10,5 bilhões) à soja. O certo é que a alta no preço destes produtos contribuiu sensivelmente para o resultado do saldo da balança com a China – e também na brasileira como um todo. Enquanto a cotação da tonelada do grão subiu de US$ 189 no, ano 2000, para US$ 495 (em média) no ano passado, a do minério de ferro foi de US$ 19 por tonelada a US$ 126 em igual período.
Para Alexandre Ratsuo Uehara, membro do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional (Gacint), da Universidade de São Paulo (USP), o cenário é preocupante. “Dos 10 itens mais exportados pelo Brasil para a China, nove são commodities. No sentido inverso, importamos produtos industrializados, como aparelhos de celular e telas de computador. Isso mostra que temos uma relação de fragilidade na relação comercial com o país asiático”, avalia.
Uehara afirma que, caso a crise financeira na Europa e nos EUA se aprofunde, a demanda mundial por commodities cairá, o que derrubará a cotação destas mercadorias. “Nos momentos de tensão econômica, o preço dos produtos básicos costuma variar muito mais do que o dos itens industrializados”, explica. “Tomando como base um cenário bastante pessimista, o saldo da balança comercial do Brasil com a China poderá cair ou até mesmo reverter no médio prazo”, complementa.
Por conta da quase dependência brasileira das exportações para a China, Tatiana Prazeres afirmou que o desafio para os próximos anos é diversificar a pauta exportadora. Para Uehara, o governo federal deve investir em competitividade. “Temos que fazer o dever de casa e acabar com os nossos tradicionais gargalos, como o alto custo de energia e de transportes, para ganhar competitividade internacional”
http://www.revistacomexbb.com.br/noticias-diarias/saldo-comercial-brasileiro-com-a-china-mais-do-que-duplicou-em-2011/
Dados do ministério mostram que, dos US$ 40,6 bilhões vendidos para os chineses até novembro de 2011, 40% (cerca de US$ 16,3 bilhões) corresponderam ao minério de ferro e 25,9% (US$ 10,5 bilhões) à soja. O certo é que a alta no preço destes produtos contribuiu sensivelmente para o resultado do saldo da balança com a China – e também na brasileira como um todo. Enquanto a cotação da tonelada do grão subiu de US$ 189 no, ano 2000, para US$ 495 (em média) no ano passado, a do minério de ferro foi de US$ 19 por tonelada a US$ 126 em igual período.
Para Alexandre Ratsuo Uehara, membro do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional (Gacint), da Universidade de São Paulo (USP), o cenário é preocupante. “Dos 10 itens mais exportados pelo Brasil para a China, nove são commodities. No sentido inverso, importamos produtos industrializados, como aparelhos de celular e telas de computador. Isso mostra que temos uma relação de fragilidade na relação comercial com o país asiático”, avalia.
Uehara afirma que, caso a crise financeira na Europa e nos EUA se aprofunde, a demanda mundial por commodities cairá, o que derrubará a cotação destas mercadorias. “Nos momentos de tensão econômica, o preço dos produtos básicos costuma variar muito mais do que o dos itens industrializados”, explica. “Tomando como base um cenário bastante pessimista, o saldo da balança comercial do Brasil com a China poderá cair ou até mesmo reverter no médio prazo”, complementa.
Por conta da quase dependência brasileira das exportações para a China, Tatiana Prazeres afirmou que o desafio para os próximos anos é diversificar a pauta exportadora. Para Uehara, o governo federal deve investir em competitividade. “Temos que fazer o dever de casa e acabar com os nossos tradicionais gargalos, como o alto custo de energia e de transportes, para ganhar competitividade internacional”
http://www.revistacomexbb.com.br/noticias-diarias/saldo-comercial-brasileiro-com-a-china-mais-do-que-duplicou-em-2011/
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